A má distribuição de renda faz com que 26,3 milhões de toneladas de alimentos ao ano - que dariam para oferecer o café da manhã, almoço e jantar diários para 19 milhões de pessoas -, sejam desperdiçadas e jogadas no lixo. Além disso, por ano, 30 bilhões de toneladas de lixo são jogadas no nosso planeta. Só no Brasil, 100 milhões de pneus estão espalhados nos aterros, rios, terrenos baldios e em mais de 3 mil lixões distribuídos pelo país.
Preservar, conservar e não desperdiçar. O livro "Seis razões para as coisas durarem mais" (selo Escritinha) mostra que o novo nem sempre é melhor que o velho e ser consumista não é nada sustentável. Nossas coisas (brinquedos, roupas, material escolar, objetos pessoais, coisas de casa e alimentos em geral) precisam de carinho e cuidados e consertar nos faz aprender muito sobre seu funcionamento. Quando não se quiser consertá-las, uma boa opção é doá-las ou encontrar uma nova finalidade para elas. Também podemos consertar nossas amizades e isso nos faz crescer e nos tornarmos mais felizes.
Os autores mostram que a natureza também precisa de cuidados e podemos preservar a vida e os recursos naturais em nossas ações do dia a dia, como no banho, na escovação dos dentes, de modo a obter economia de água. Diminuir o uso do carro, pensar sobre o destino do lixo, economizar papel, são formas de preservar o ar puro, os solos, mares e rios despoluídos e toda a biodiversidade preservada.
Sexto livro da série Seis razões, a obra é escrita em linguagem extremamente poética e bastante informativa. Indicado para pais, filhos e educadores, sugere alternativas inteligentes para o bem de todos, com pequenas substituições na nossa rotina de vida, como o uso de sacolas retornáveis; adquirir produtos ecologicamente corretos, biodegradáveis, que não poluem; buscar boas ideias para que as pessoas ganhem mais tempo, reduzam gastos, economizem recursos naturais e ampliem os horários para a vida em família, a qualidade de vida e a preservação ambiental (como a economia de papel, desde a chegada dos e-mails); iniciativas contra o desperdício e também suas propostas de ajuda social e ambiental (como a doação de roupas, brinquedos, móveis); dar um bom destino aos restos de alimentos, que desperdiçamos nas lixeiras e que são bons fertilizantes orgânicos, tais como casca de ovo, de frutas, pó de café, pão velho que, colocados em vasos ajudam as plantas a ficarem mais fortes, sem a necessidade de adubos químicos.
O jovem leitor também saberá como funciona uma casa sustentável e terá sugestões e referências bibliográficas sobre os temas propostos, além de iniciativas bem sucedidas como o projeto JUMA, no Amazonas.