Todos os dias elas acordam com o romper da aurora. Quem são elas? De que são feitos seus sonhos? Quais os seus dramas e medos? O que as apavora? E o que as fazem lutar e perseguir seus objetivos? O que as impulsionam? O que as fazem felizes? Quem são essas mulheres invisíveis que estão nas repartições públicas, na iniciativa privada, na polícia, nas ruas e nos seus lares, vivenciando as suas aprovações e criando mecanismos para solucionar as suas adversidades? Pois se tem alguém que entende de adversidade são as mulheres. Desde cedo, elas aprendem que têm um lugar no mundo, mas esses lugares são ditados por pessoas que não têm a mesma sensibilidade afetiva com a qual elas nasceram dotadas. Então, passam a metade da sua vida tentando se afirmar no mundo que é delas por direito. Às vezes, elas lutam suas pequenas guerras sozinhas, outras arranjam seres da mesma espécie para lutarem. Com aquele grupo de amigas não era diferente. Qualquer um que as visse, logo o acharia de profunda estranheza, desde a forma de vestir, falar, trabalhar etc. Mas, afinal, o que as ligavam então? Talvez o sol interior, cheio de luz e obstinação que cada uma recebeu ao nascer. Nessa manhã gloriosa de sol, elas estão