Javier Marías foi vizinho de Vladimir Nabokov nos Estados Unidos. Como o espanhol tinha um ano de idade, entretanto, e foi para lá com o pai, que dava aulas numa universidade americana, não consta que tenha sido influenciado por conversas com o russo expatriado - e tampouco visitado por seu fantasma.
Essa história, verdadeira, não está em Quando fui mortal, mas bem que poderia. O que não falta nos doze contos do livro são encontros inesperados cujos desdobramentos são ainda mais surpreendentes. As vidas sobre as quais Marías se debruça e observa, seja como fantasma, seja como mortal, são repletas de pequenos episódios aparentemente desimportantes, mas que na verdade se mostram cheios de encantamento e possibilidades.
Como o fantasma do conto que dá título ao livro, Marías paira sobre os seus protagonistas, observados com uma ironia que quase disfarça o olhar carinhoso, revisitando acontecimentos e diálogos e conferindo a eles, assim, mais sentido e vigor. Há muitos mortos no livro, evidentemente, mas o fundamental para o autor não é a morte: é a vida, particularmente a vida pequena e cotidiana.
Código: |
113489 |
EAN: |
9788535908701 |
Peso (kg): |
0,248 |
Altura (cm): |
21,00 |
Largura (cm): |
14,00 |
Espessura (cm): |
1,30 |
Especificação |
Autor |
Javier Marías |
Editora |
COMPANHIA DAS LETRAS |
Ano Edição |
2006 |
Número Edição |
1 |