Quando os comunistas tomaram o poder na China, Yu Yuan freqüentava a mais prestigiada academia militar do país. Já formado oficial, ele é designado a um posto próximo da mãe e da noiva, mas a alegria dura pouco, pois o grupo logo é enviado para a Guerra da Coréia. Sua unidade - perdida entre as dificuldades de comunicação com o comando central, a falta de experiência dos comandantes de campo, a estratégia equivocada e as armas russas cujos manuais ninguém consegue ler - é dizimada. Ferido, ele é capturado pelos americanos e vai para um dos campos de prisioneiros.
Na revolução comunista os nacionalistas podem ter sido derrotados, mas no campo de prisioneiros eles estão no comando. As "pressões" sobre os que querem voltar para a China comunista, em lugar de emigrar para Taiwan, vão desde tatuagens anticomunistas, como a que é feita à força em Yuan, até assassinatos brutais. Quando consegue ser transferido para um campo comandado pelos comunistas, o passado pouco revolucionário e o conhecimento de inglês, ao mesmo tempo em que o fazem essencial aos mais graduados, o tornam suspeito. Finalmente, quando consegue retornar a China, Yuan descobre que o país não tinha mais nada do que o fizera sonhar tanto com a volta. Refugo de guerra é um testemunho lúcido e corajoso de quem enfrentou forças muito maiores e conseguiu sobreviver sem se anular nem perder a dignidade.

"[...] o narrador, Yu Yuan, é um dos mais completos personagens a emergir do mundo da ficção em anos." - The New York Times