De origem judaica, Edmund Husserl nasceu em 1859, em Prossnitz (Morávia), localidade pertencente ao antigo Império Austro-Húngaro. Tornou-se conhecido como o fundador da fenomenologia, método de investigação sistemática da consciência e seus fenômenos mentais em relação com o mundo real. Para a fenomenologia, o importante não é o mundo que existe, mas sim o modo como o conhecimento do mundo se dá para cada pessoa. Husserl estudou também matemática e filosofia analítica, e foi aluno de Brentano na Universidade de Viena. Ensinou filosofia nas universidades de Halle e Göttingen, e depois em Friburgo até 1939. Entre os seus seguidores destacam-se Heidegger, Max Scheler e Merleau-Ponty. Sua obra se destaca tanto pela sua extensão quanto pela sua profundidade, rica em análises e conceitos complexos. Husserl queria que a filosofia tivesse as bases e condições de uma ciência rigorosa. Por isso, o importante para ele era o que se passava na experiência da consciência, através de uma descrição precisa de nossas relações com os objetos reais e com o mundo, e não através de uma interpretação das mesmas. Segundo Jean-Michel Salanskis, o objetivo desta obra, para além da simples exposição dos principais gestos e idéias de Edmund Husserl, seria dar um sentido de paixão à filosofia husserliana. Mostrar o que há de original, de grande, de literário, de matemático, de emocionante e vertiginoso.