O jogo do belo e do feio é um livro tão inesperado quanto bem-vindo na obra do filósofo José Arthur Giannotti. Depois de se debruçar longamente sobre a herança rica e problemática do pensamento marxista em três livros fundamentais, depois de mais um volume inteiro dedicado ao diálogo com o pensamento de Ludwig Wittgenstein, o autor avança para um terreno que o apaixona desde sempre mas sobre o qual jamais escrevera a fundo: a pintura e, por extensão, as belas-artes.
Paixão é a palavra certa, pois O jogo do belo e do feio não é um livro de generalidades diletantes, cheio de confissões e opiniões. Muito ao contrário. Com o rigor costumeiro, Giannotti revisita as grandes questões da estética filosófica desde Kant - como o livre jogo das faculdades, o belo e o sublime, a autonomia e a morte da arte -, reformulando-as a partir das noções de jogo de linguagem e linguagem não-verbal, ambas tomadas ao mesmo Wittgenstein.
Munido dessas noções, Giannotti discute obras de Magritte, Morandi, Poussin e Rembrandt, colhe testemunhos de pintores como Leonardo e Picasso e polemiza com pensadores contemporâneos. Mas não o faz para estabelecer um sistema fechado das artes ou promover uma tradução filosófica de nossa experiência de espectadores: trata-se aqui de uma nova visão da linguagem da pintura que celebra gloriosa autonomia.
Código: |
113911 |
EAN: |
9788535906332 |
Peso (kg): |
0,280 |
Altura (cm): |
21,00 |
Largura (cm): |
14,00 |
Espessura (cm): |
1,30 |
Especificação |
Autor |
José Arthur Giannotti |
Editora |
COMPANHIA DAS LETRAS |
Ano Edição |
2005 |
Número Edição |
1 |