Há um aforismo que freqüenta a filosofia ocidental desde o início: o de Heráclito, que afirma que “a Natureza ama ocultar-se”.
Ao longo dos últimos vinte e cinco séculos, essas palavras sucessivamente significaram: que a Natureza se esconde em formas sensíveis e nos mitos; que ela esconde em si forças ocultas; mas também que o Ser está originalmente num estado de contração e de não-desdobramento; ou ainda que ele se desvela velando-se. Esse aforismo serviu para explicar as dificuldades da ciência da natureza, para justificar a exegese alegórica dos textos bíblicos ou para defender o paganismo, para criticar a violência contra a natureza operada pela técnica e pela mecanização do mundo, enfim, para explicar a angústia que provoca no homem moderno o seu ser-no-mundo.
A mesma fórmula, ilustrada pela imagem do véu de Ísis e desvelada por Pierre Hadot na história do Ocidente, justificou tanto a atitude prometéica – o homem deve se tornar senhor e possuidor da Natureza – como a atitude órfica – ninguém pode tirar o véu dos mistérios da natureza, a não ser o poeta e o artista. Essa fórmula não deixará de traçar perspectivas novas sobre a realidade e de revelar as mais diferentes atitudes com relação à Natureza.
Código: |
64905 |
EAN: |
9788515033904 |
Peso (kg): |
0,636 |
Altura (cm): |
23,00 |
Largura (cm): |
16,00 |
Espessura (cm): |
2,30 |
Especificação |
Autor |
Pierre Hadot |
Editora |
EDIÇÕES LOYOLA |
Ano Edição |
2006 |
Número Edição |
1 |