“Nietzsche sonhou com um homem que já não fugiria de um destino trágico, mas que o amaria e o encarnaria de pleno acordo, que não mentiria mais para si mesmo e se elevaria acima da servidão social. […] Entre as ideias de um reacionário fascista ou de outro tipo e as ideias de Nietzsche há mais do que uma diferença: uma incompatibilidade radical.”
Georges Bataille.
“Desnazificar Nietzsche. Desprussianizá-lo.” Eis o que propunha Murilo Mendes em seu retrato-relâmpago do filósofo dionisíaco. Eis o que fazia Georges Bataille, vinte anos antes, ao deslocar o acento da ‘vontade de potência’ para a ‘vontade de chance’: vontade de se colocar completamente em jogo, de estar aberto à totalidade dos possíveis, de ser um homem inteiro (nem senhor nem escravo, nem artista nem cientista, nem filósofo nem homem de ação, mas tudo ao mesmo tempo agora). No fundo, o que Bataille extrai da experiência nietzschiana, mais do que de seus conceitos, é uma hipermoral, uma moral do ápice, uma moral da festa, o contrário de uma moral burguesa do declínio.
Código: |
33875 |
EAN: |
9788582173893 |
Peso (kg): |
0,628 |
Altura (cm): |
22,50 |
Largura (cm): |
15,50 |
Espessura (cm): |
2,10 |
Especificação |
Autor |
Achille Mbembe |
Editora |
AUTÊNTICA |
Ano Edição |
2017 |
Número Edição |
1 |