O trabalho escravo, base da economia colonial nas Américas, gerou intensos debates entre senhores, governantes, letrados e juristas. Como seria administrar uma propriedade de modo que os escravos gerassem altos lucros, evitando ao mesmo tempo as perdas, as fugas e as revoltas? Ao lado dessa questão pragmática, que interessava sobretudo os investidores na economia colonial, impunham-se também problemas filosóficos: como conceber a escravidão num mundo que caminhava para a modernização econômica e política?
Na análise de leis, tratados morais, manuais agrícolas, obras econômicas e artigos acadêmicos referentes ao Brasil, a Cuba, aos Estados Unidos e ao Caribe inglês e francês ao longo de três séculos, o historiador Rafael de Bivar Marquese mostra como o trabalho escravo foi concebido nas diversas regiões da América. A princípio inspiradas nas teorias clássicas e cristãs, pouco a pouco essas idéias se deixaram permear pelos novos princípios econômicos e políticos, dialogando de forma direta com o pensamento abolicionista.
Como observa a historiadora Silvia Hunold Lara, que assina o texto de orelha do livro, o exame das raízes teóricas e dos objetivos pragmáticos que permeavam a gestão dos escravos indica a articulação estreita entre economia e política, e ajuda a ampliar o debate sobre aspectos cruciais de nossa formação histórica.
Código: |
115229 |
EAN: |
9788535905618 |
Peso (kg): |
0,762 |
Altura (cm): |
23,00 |
Largura (cm): |
16,00 |
Espessura (cm): |
2,70 |
Especificação |
Autor |
Rafael de Bivar Marquese |
Editora |
COMPANHIA DAS LETRAS |
Ano Edição |
2004 |
Número Edição |
1 |