O abolicionismo, importante movimento social no Brasil do século XIX, foi muitas vezes visto pela historiografia como resultante da ação de homens de sentimentos humanitários, que teriam tido a glória de resgatar os pobres negros do cativeiro. Na contramão dessa memória, este livro evidencia que, em São Paulo, se o movimento ganhou força e substância a partir da atuação de juízes e advogados como Luiz Gama e Antonio Bento, suas principais características se devem ao contato direto desses homens com expectativas e ações dos próprios escravos. Ao buscar os significados sociais que eles atribuíam ao direito e à lei, questiona as interpretações tradicionais que dividem o abolicionismo paulista em uma fase “legalista” e outra “radical”. A análise de vasta documentação judiciária, da correspondência entre autoridades públicas e de jornais do período torna evidente que a escravaria, longe de estar isolada e acéfala nos eitos, dava, a seu modo, o tom e o argumento dos embates nos tribunais. Elciene Azevedo tem experiência nas áreas de História do Brasil Império e Teoria e Metodologia da Pesquisa em História, desenvolvendo pesquisas sobre escravidão e movimento abolicionista, história do direito e das lutas jurídicas, experiência de trabalhadores escravos e livres no processo da abolição. Organizou a coletânea Trabalhadores na cidade, pela Editora da Unicamp. Veja mais: Blog da Editora da Unicamp: A Coleção Várias Histórias completa 20 anos!
Código: |
139440 |
EAN: |
9788526809048 |
Peso (kg): |
0,290 |
Altura (cm): |
21,00 |
Largura (cm): |
14,00 |
Espessura (cm): |
1,30 |
Especificação |
Autor |
Elciene Azevedo |
Editora |
UNICAMP |
Ano Edição |
2010 |
Número Edição |
1 |