Em o ‘O esqueleto’ a autora legitima a junção da literatura com a imprensa e o romance de folhetim [trabalho que Aluísio Azevedo foi intensamente colaborador publicando romances, bem ao gosto do grande público], principalmente ‘valorizando a questão material do romance naturalista’, influência marcante de Émile Zola e Eça de Queirós. Bakhtin (1998, p. 45) nos chama atenção para o problema do material: Na resolução do problema do significado do material para o objeto estético, deve-se considerar este material em sua definição científica e rigorosamente exata, sem enriquecê-lo com nenhum elemento estranho a essa definição. Ou seja, isso pressupõe que a cultura faz parte da língua e, como tal está relacionada à palavra e que por sua vez, ligam-se as questões cognitivas, éticas e estéticas do sujeito subjacente desse significado. Para tanto, consideramos o presente ponto de vista em ‘Notas do Subsolo’, de Fiódor Dostoiévski (2009, p. 13) quando faz uma alusão ao século XIX período de efervescência dos folhetins na imprensa brasileira e européia: E, agora, termino a existência no meu cantinho, onde tento piedosamente me consolar, aliás, sem sucesso, [...] o homem do século XIX tem o dever de ser essencialmente destituído de caráter; [...] O homem que possui caráter, [...] é um ser essencialmente medíocre. Esta é uma obra que merece uma atenção especial do leitor.
Código: |
25471 |
EAN: |
9788544402160 |
Peso (kg): |
0,293 |
Altura (cm): |
21,00 |
Largura (cm): |
14,00 |
Espessura (cm): |
0,80 |
Especificação |
Autor |
Rilmara Rôsy Lima |
Editora |
EDITORA CRV |
Número Edição |
1 |