Atualmente, predominam na maioria das coberturas midiáticas sobre o Oriente Médio notícias sobre atos atrozes, custos e baixas de guerra e demais dados estatísticos. É feito crer que se trata de uma região assolada pela intolerância e repleta de problemas insolúveis, na qual mortes violentas e atrocidades de todos os tipos são inevitáveis. Dificultando uma compreensão objetiva de seus fatídicos acontecimentos, palavras como terrorismo, fundamentalismo, radicalismo, ódio aos Estados Unidos e anti-semitismo são empregadas como armas ideológicas, anuviando os reais interesses e as causas por trás da barbárie que assola a região há mais de um século. Pensando estarem informados a respeito do assunto, ao lerem as mais diversas reportagens pretensamente neutras, os cidadãos fazem suas reflexões a partir de um mundo manipulado de informações, expandindo suas fronteiras e tornando-se eles próprios, incautamente, agentes da desinformação. Dado a discrepância entre a grande quantidade de informações disponíveis nas mídias e a qualidade das mesmas, responsável por gerar tamanha incompreensão a respeito do tema, faz-se necessário desconstruir o aparato manipulativo construído para legitimar as guerras e transgressões aos direitos humanos e internacionais que se tornaram frequentes no Oriente Médio.  Assim sendo, no presente volume, oferecendo ferramentas para uma percepção objetiva de diversos temas médio-orientais, as origens e as causas da tragédia humana que assola a região são apresentadas e são revelados os aparatos ideologizantes que impedem uma compreensão da mesma. O leitor encontrará nas páginas que seguem a fundamentação de uma história e cobertura jornalística crítica dos fatos médio-orientais; discussões sobre os padrões de manipulação midiática e os mitos criados para mascarar os interesses por trás da Guerra ao Terror e da Questão Palestina e considerações sobre o terrorismo, o pensamento político islâmico e sua depreciação na mídia. O livro oferece diversos insights para leigos, interessados no assunto, estudantes e homens públicos e se baseia sobretudo em bibliografia especializada e em uma variedade de fontes, como documentos de época, reportagens contemporâneas e resoluções das Nações Unidas.              Se não há como fazer com que os grandes terroristas sentem no banco dos réus de tribunais internacionais, dado sua incomensurável influência e poder, temos a obrigação de compreender a barbárie que perpetram e desfazer os mitos criados para justificar seus crimes. Veja a entrevista que o autor concedeu à TV CWBTV, de Curitiba: