• Roma S.A.

A busca por lições de estratégia e gestão nos ensinamentos de líderes do passado vem sendo constante na literatura de negócios. Com muito sarcasmo, mas levando a sério as semelhanças entre planos de governo e administração de empresas, o escritor traça, em Roma S.A, um panorama divertido sobre mais de mil anos da história da cidade que, para ele, criou a primeira corporação multinacional. Irreverente e iconoclasta, Bing demonstra que Roma até hoje funciona como uma grande empresa, mantendo-se no centro do mundo através de reinvenções constantes, que atravessam séculos. Para expor sua visão sobre o mundo corporativo, Stanley Bing detém-se sobre a Roma Antiga, desde sua criação pelos míticos Rômulo e Remo até a queda do Império, no século VI. Para o autor, a história de Roma tem os mesmo personagens que se encontram hoje no universo corporativo, com líderes neuróticos, chefes sem liderança, disputas sangrentas pelo poder, empenho, ousadia, criatividade, vaidade, além de alguns malucos incompetentes, alçados a altos cargos por questões políticas ou familiares. A associação de figuras históricas a cargos empresariais é fácil: CEOs são imperadores, cônsules são gerentes ? todos com algum personagem correspondente no mundo contemporâneo, como Donald Trump, Martha Stewart, Steven Jobs ou Bill Gates. Para explicar a ascensão de Caius Marius, um rapaz de origem modesta que chegou a cônsul de Roma, Bing lembra que muitas empresas recrutam seus executivos no Departamento de Vendas. Em Roma, o Departamento de Vendas era o Exército, onde meninos pobres se destacavam e podiam subir na escala social e profissional, informa o autor. Cleópatra, a rainha egípcia que conquistou Marco Antônio, tem seu poder de sedução comparado ao fascínio exercido pelas executivas que atuam dentro de um mundo eminentemente masculino. Os grupos de homens poderosos, mas 'completamente babões', afirma Bing, não resistem à visão de pernas bonitas sob uma saia. Segundo o escritor, atividades desenvolvidas em encontros profissionais, como exercícios de unidade e identificação emocional, entre elas a de construir castelos de areia, já eram utilizadas na fundação da cidade. Os guerreiros que chegam de uma batalha, nos primeiros dias de Roma, eram estimulados a jogar em uma vala um pouco de terra retirada de seus solos natais. Assim, simbolicamente, eles deixavam para trás os laços com os locais onde haviam nascido e tomavam seus companheiros como compatriotas. Hoje, diz Bing, as grandes empresas têm rituais de integração desenvolvidos especificamente para conquistar os novos funcionários e levá-los a se sentirem como parte de uma família. Sem demonstrar muito respeito pelas figuras históricas? nem pelos personagens contemporâneos - Bing mostra que a ousadia de muitos daqueles líderes era compensada por modificações na legislação que reduziram diferenças sociais e distribuição de riquezas entre os menos afortunados? sempre visando obter apoio popular, da mesma forma que atualmente empresas que devastam o meio ambiente mantêm programas de responsabilidade social, com os quais conseguem reconhecimento público. A permanência de Roma na vida ocidental, quando se transforma em sede do poder religioso, é, para Bing, uma das grandes provas de que uma corporação consegue inovar e sobreviver, sempre se reinventando.

Código: 72656
EAN: 9788532523488
Peso (kg): 0,210
Altura (cm): 21,00
Largura (cm): 14,00
Espessura (cm): 0,90
Especificação
Autor Stanley Bing
Editora ROCCO
Ano Edição 2008
Número Edição 1

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Roma S.A.

  • Disponibilidade: Esgotado
  • R$27,00