Com eloquência, Bollas argumenta a favor de um retorno ao nosso entendimento de como a  psicanálise freudiana trabalha de inconsciente para inconsciente. O fracasso em seguir as suposições básicas de Freud sobre a escuta psicanalítica resultou no abandono da busca pela “lógica da sequência” que Freud considerou como a forma primária pela qual expressamos o pensamento inconsciente.Em duas entrevistas extensas e ensaios de acompanhamento, todos em 2006, acompanhamos Christopher Bollas em seu mais recente (e radical) desafio para a psicanálise contemporânea. O momento freudiano, diz Bollas, constata uma preconcepção filogenética que tem havido por centenas de anos. A invenção da psicanálise realiza essa preconcepção e constitui uma etapa importante para as relações humanas.A proposição de Bollas, de que usamos a imagem do escore sinfônico para imaginar melhor a articulação inconsciente, desbrava uma nova forma conceitual de atingir a complexidade do pensamento inconsciente. Sua crítica impiedosa da interpretação da transferência aqui-e-agora desafiará uma forma de prática que é hoje disseminada ao redor do mundo analítico. É raro ter acesso a um trabalho como esse em andamento, mas ele proporciona um estimulante insight sobre os trabalhos de uma das mais brilhantes mentes da história da psicanálise.