Numa tarde quente e chuvosa do mês de agosto, no final dos anos 1980, em um impulso de energia criativa, Jordan Mechner escreveu uma história de duas páginas sobre um rapaz que quer conquistar o amor de uma princesa ao roubar um amuleto das masmorras de um sultão maligno. A história evoluiu, ficou mais compacta, direta e com vários elementos. O sultão maligno se tornou um vizir calculista, o amuleto real perdeu-se silenciosamente. E foi adicionado um espelho mágico: as telas de microcomputadores de todo o planeta.A história tornou-se jogo de computador conquistando milhares de fãs. Em 1992, Príncipe da Pérsia já tinha se tornado um sucesso mundial. A tecnologia dos videogames evoluiu e equipes de artistas e engenheiros começaram a transportar Príncipe da Pérsia para plataformas com mais memória e gráficos de maior resolução. Perguntas surgiram: Quem é o príncipe? Ele tem um nome? Quantos anos tem? Ele é um príncipe desde o começo ou se torna um ao se casar com a princesa? De onde ele é, quem são seus pais, de onde é o sultão, e qual século é esse?As respostas estão na graphic novel Príncipe da Pérsia, da Editora Galera, que traz a história de um jovem guerreiro ludibriado por um vilão e levado a cometer um erro terrível que ameaça destruir não apenas seu reino, mas também o tecido da realidade. Ele só poderá acertar as coisas através de um esforço heróico e também com a ajuda da princesa que ama, mas que não tem certeza se pode confiar.O mundo dos inovadores games de Príncipe da Pérsia aparece pela primeira vez no formato impresso pelas mãos de seu criador Jordan Mechner, responsável também pelo roteiro do filme homônimo, estrelado por Jake Gyllenhaal e produzido por Jerry Bruckenheimer. Para isso, ele trabalhou com o roteirista A. B. Sina, que trouxe de sua infância os mitos e lendas da Pérsia. Os artistas LeUyen Pham e Alex Puvilland dão brilho a um épico fascinante no qual passado e futuro se misturam como a trama de um tapete persa.