No estágio atual de relativismo cultural e de pluralismo religioso, o número de crianças não-batizadas aumenta consideravelmente nos países de tradição católica e o problema de sua salvação se coloca com mais acuidade, levando-se em consideração a globalização e a universalidade da salvação./n/nA explicação habitual, a partir da Idade Média, recorria à teoria do limbo que, contudo, jamais foi ensinada de maneira oficial na Igreja. A Comissão Teológica Internacional o rejeita aqui oficialmente, pois não mais satisfaz, por excluir as crianças não-batizadas da vida eterna, que é o objetivo primário da vontade salvífica de Deus./n/nDepois de fazer minuciosa história da questão, com base na Sagrada Escritura e nos testemunhos da Tradição, até os dias de hoje, o documento relembra a hierarquia dos princípios teológicos que comandam tradicionalmente a questão, dando prioridade à universalidade da salvação e propõe, por isso, uma solução baseada na esperança, justificada com base na atitude de Jesus para com as crianças e no fato de que se ora, na Igreja, pela salvação de todos, inclusive das crianças mortas sem Batismo./n