Teresa de Ávila escreve por necessidade interior: sente em sua alma um fogo de amor a Deus e ao próximo que não pode permanecer escondido. É necessário, assim, comunicá-lo, pois não pode guardar somente para si o Deus que ela encontra na oração. Esse é o seu caminho de evangelização. As pessoas que a rodeiam se perguntam: qual é o segredo de Teresa para ser tão dinâmica e tão contemplativa? E Teresa revela seu segredo com seu estilo vivo e apaixonado. O Castelo interior ou Moradas é a “joia” teresiana amadurecida ao longo dos tempos, mas escrita com rapidez em seis meses. Um livro ímpar de doutrina, experiência e vida. Depois da leitura deste livro, ninguém poderá sentir-se feliz na mediocridade. O desejo de avançar, de ir em frente até a morada central do Castelo Rei, é imenso. Contudo, há surpresas. Quem chega diante do Rei não pode cruzar os braços, porque Teresa adverte: “Obras quer o Senhor”. Quem mais trabalha é quem mais reza e quem mais reza mais trabalha. Diante de Deus, comodismo e descanso não existem. Ser feliz no estilo “teresiano” é saber que a felicidade está no interior, onde nos espelhamos em Deus, nos conhecemos e nos sentimos amados por Ele e pelos outros.