A obra foi organizada por Luiz Carlos Susin e os artigos escritos por membros da Equipe Interdisciplinar de assessoria à Conferência dos Religiosos do Brasil e autores convidados, tais como Afonso Murad, Estêvão Raschietti, Joachim Andrade, Luiz Augusto de Mattos, Maria de Fátima A. de Morais, Mauro Negro, Paulo Dullius, Rafael Lopez Villasenor, Rita Romio, Salete Verônica Dal Mago, Susana María Rocca, Tomaz Hughes, Brenda Carranza, Cesar Kuzma, Cleusa Maria Andreatta, Faustino Teixeira, Felício Pontes Jr, Jacques Távora Alfonsin, Lucia Ribeiro, Luiz Alberto G. de Souza, Maria Emmir Oquendo Nogueira, Sérgio Ricardo Coutinho e Sonia Maria M. de Souza Cosentino./nO objetivo é ajudar na reflexão e no avanço do processo de transformação da Vida Religiosa Consagrada, exigido pela época de mudanças que estamos atravessando. As dimensões institucional e comunitária, as diversas missões, campos de trabalho, e as estatísticas mostram que o modelo dos últimos séculos, que no Brasil teve uma grande expansão justamente na primeira metade do século XX, está agora em franco esgotamento. É evidente que em uma sociedade com grande pluralismo, fluidez cultural e institucional, maior presença do Estado na assistência, na educação e na saúde, com transformação das famílias e maior busca de especialidade e realização individual, a Vida Religiosa Consagrada se torne contracultura e profetismo. Mas se torna mais difícil e mais rara./nÉ verdade que desde o Concílio Vaticano II há indicações para uma transformação, que uma primavera nos foi prometida. "A manhã vem chegando, mas ainda é noite" (Is 21,12a). Enquanto estamos no lusco-fusco da manhã que se confunde com o lusco-fusco do cair da tarde e da entrada na noite - os mesmos sintomas podem ser interpretados como uma passagem para um novo dia ou uma entrada na noite e na morte - nós vigiamos de forma proativa.