Questões em torno das materialidades discursivas (...) são trabalhadas neste livro que, sem dúvida, marcou um acontecimento universitário, mas, muito mais que isso, um acontecimento que atinge o espaço de deslocamento das fronteiras entre disciplinas em que diferentes formas de conhecimento se (re)organizam, para trabalhar com as distintas formas de real que anunciamos no início desta apresentação, ou seja, o da língua, o da história, o do inconsciente. (...) Chegamos, assim, à questão nodal, posta então por Pêcheux: com que matéria lidamos com a materialidade discursiva? (Eni Puccinelli Orlandi) Bernard Conein é sociólogo especialista em etnometodologia e de cognição social.
Jean-Jacques Courtine, linguista de formação, voltou-se para o estudo da história da cultura, centrado em questões relativas às expressões faciais e corporais, entre outras.
Françoise Gadet é especialista em sociolinguística e francofonia e trabalha também com o estudo sintático e discursivo das produções orais e de variedades marginais e periféricas do francês.
Michel Pêcheux (1938-1983) foi um filósofo, destaque entre os intelectuais fundadores da análise de discurso na segunda metade do século XIX. Estudou na École Normale Supérieure, junto de Louis Althusser, que exerceu grande influência em seus estudos.