A Biopolítica da Beleza examina como a beleza se tornou um objetivo da saúde nacional no Brasil. Por meio de um trabalho de campoetnográfico realizado em hospitais brasileiros, o autor mostra como cirurgiões plásticos e pacientes atuam no sistema público de saúde a fim de transformar a beleza em um direito básico de saúde.
O livro remonta a história da preocupação nacional com a beleza à eugenia brasileira, que estabeleceu a beleza como um sinal do aprimoramento racial da nação. Jarrín explica, então, de que maneira os cirurgiões plásticos se tornaram os principais proponentes da raciologia da beleza, usando-a para ganhar o apoio do Estadobrasileiro. A beleza pode ser entendida como uma forma de valor que Jarrín chama de “capital afetivo”, que está associada às hierarquias da sociedade brasileira e as intensifica. Os pacientes experienciam a beleza como parte central do pertencimento nacional e de suas aspirações à mobilidade social ascendente ligada ao gênero. Enredam-se em racionalidades biopolíticas que turvam sua capacidade de consentir aos riscos da cirurgia.
A Biopolítica da Beleza explora não somente o regime biopolítico que faz da beleza um projeto nacional desejável, mas também as formas sutis pelas quais a beleza está carregada de valor afetivo no contexto das práticas sociais cotidianas – tornando-se, assim, o território no qual hierarquias de raça, classe e gênero são
reproduzidas e questionadas no Brasil.
Código: |
101460 |
EAN: |
9786556321493 |
Peso (kg): |
0,472 |
Altura (cm): |
21,00 |
Largura (cm): |
14,00 |
Espessura (cm): |
2,00 |
Especificação |
Autor |
Alvaro Jarrín |
Editora |
EDITORA UNIFESP |
Ano Edição |
2023 |
Número Edição |
1 |