"Coração e sepse" é livro do momento e de interesse geral para Cardiologistas, Intensivistas, Infectologistas e clínicos.

Por outro lado, estes deploráveis agravos não se mostram significativamente menores no Brasil.

A Sepse é a resposta sistêmica à infecção, cujo efeito final se dá em cascata. Inicia-se em microrganismo invasor através de seus elementos estruturais (endotoxina de uma bactéria), ou exotoxinas (toxinas de determinados sorotipos). O passo subsequente é o estímulo destas substancias à síntese celular de mediadores inflamatórios, em que a resposta destes últimos atua sobre os leucócitos polimorfonucleares, macrófagos e células endoteliais, que em novo passo liberam outros mediadores, como o Fator Ativador de Plaquetas e o óxido Nitrico - daí o efeito final da cascata inflamatória, o qual em mais um passo provoca resposta contrarregulatória, liberando citocinas antiinflamatórias.

Obviamente, quando o estímulo inflamatório alcança dado patamar, o sistema cardiovascular sofre; chega-se ao estado de choque - o choque séptico.

A sepse, ao produzir a depressão miocárdica, é uma das condições do choque séptico. Veja a sua importância:

a. sepse com função miocárdica preservada-mortalidade de 20%;

b. Sepse com disfunção miocárdica - mortalidade 70-90%.