Conheci a Professora Sônia durante um congresso, anos atrás. Sua prontidão nas respostas a questionamentos, sua atitude inteligente, mas especialmente o olhar ma treino e sorriso encantador me seduziram. O tempo confirmou minha primeira impressão. Difícil não ficar sua amiga! É o que vi, também com outros, no passar dos anos, quando ela me convidou a participar de seus livros. E este é o terceiro ao qual atendo seu chamado. Pude observar que ela reuniu um grande número de colaboradores, todos de alto nível, especialistas nos assuntos declinados. E os que não fossem de antes, tornaram-se seus amigos, daqueles desde criancinha", do fundo do coração. Vivemos um momento interessante em relação à fitoterapia, que é uma das causas que ela abraçou. De recurso um bocado tabu, malvisto e desprezado por muitos, tornou-se especialmente depois da decepção com o tratamento hormonal do climatério, e com a implantação do programa nacional, pelo Ministério da Saúde, tema de interesse, que muitos procuraram conhecer melhor, pois, enfim, quase nenhuma escola médica, neste Pais aborda o assunto. Os livros da Professora Sônia procuram tornar acessível a todos o conhecimento disponível sobre plantas medicinais. Nos primeiros dois, seu uso em ginecologia foi o destaque. Neste, a intenção abrange praticamente todas as áreas de atuação do médico que atende a pacientes. Com a vantagem de falar, sobretudo dos fitoterápicos, com aval das agências reguladoras, como a nossa ANVISA, justamente por disporem de estudos e embasamento científico. E o quadro final em cada capítulo, abordando os fitomedicamentos disponíveis no nosso mercado farmacêutico, é uma boa forma de facilitar a lembrança, visando à prescrição. Os fitoterápicos podem ser muito úteis, e não conflitam com as práticas terapêuticas alopáticas às quais estamos acostumados. Embora frequentemente tenham poucos efeitos adversos, como qualquer medicamento, não são isentos deles. E, claro, podem interagir, apresentar toxicidade, ou seja, tudo que um remédio qualquer pode ter Portanto, devemos conhecê-los bem, para utilizá-los da melhor maneira possível. A regulamentação dos fitoterápicos, no Brasil, é rigorosa, e aprovamos isso, pois, em outros países em que são considerados alimentares, o que existe é um número grande de automedicação, e iá foram relatados efeitos tóxicos graves. Este panorama só desdoura esses produtos tão úteis, piorando o preconceito contra eles. Enfim, por tudo isso, acredito que este livro poderá tornar-se um verdadeiro manual de cabeceira. Tenho certeza de que vou usá-lo sempre e isso me vai trazer um prazer a mais: cada vez que o manusear, vou me lembrar da amiga querida!