“Como, se, e sob que condições uma ‘grande arte’ (ainda) é possível hoje?” Essa é a pergunta-chave formulada por Philippe Lacoue-Labarthe (1940-2007), em Musica ficta (figuras de Wagner). Sua pergunta tem como ponto de partida o programa wagneriano de “obra de arte total”, que almejava, através de suas composições operísticas, reencontrar na modernidade o espírito “religioso” e totalizante da tragédia antiga. Lacoue-Labarthe responde categoricamente à pergunta inicial: por razões ético-políticas – que não deixam de ser motivadas pelos eventos totalitários do século XX – , a “grande arte” não deveria e não poderia existir hoje. Mas Lacoue-Labarthe não responde sozinho a essa questão. O livro é composto por quatro cenas, cujos protagonistas são dois poetas franceses, Baudelaire e Mallarmé, contemporâneos de Wagner, e dois filósofos alemães, Heidegger e Adorno, posteriores a Wagner. É com eles, com a complexa e ambivalente relação que cada um deles constrói com a música do mestre de Bayreuth, que Lacoue-Labarthe se insurge, de certa forma, contra ele – ou ao menos contra as “figuras” que sua obra serve, ou sacraliza.
Código: |
191397 |
EAN: |
9788566786439 |
Peso (kg): |
0,280 |
Altura (cm): |
21,00 |
Largura (cm): |
14,00 |
Espessura (cm): |
1,60 |
Especificação |
Autor |
Philippe Lacoue-Labarthe |
Editora |
RELICÁRIO |
Ano Edição |
2016 |
Número Edição |
1 |