Na entrada da cidade de Assis há uma placa de sinalização que diz: “Assis, patrimônio da humanidade”. O título foi atribuído à cidade pela Unesco também pelos tesouros artísticos que ali se encontram, mas sobretudo em virtude de seu cidadão Francisco, que, há oito séculos, iniciou e concluiu nela a sua história humana. Na Divina Comédia, Dante Alighieri sugere não denominar esse lugar como “Ascesi”, ou seja, Assis, mas “Oriente”, uma vez que nela “um sol nasceu no mundo”. É surpreendente como, poucas décadas depois de sua morte, a figura do Pobrezinho já tivesse assumido uma dimensão tão universal. Que impressão deve ter causado a sua passagem para ser comparada à do sol! O fato é que a figura de Francisco continua fascinando as gerações, de modo que “Se se fizesse uma pesquisa de opinião para perguntar a um grupo de pessoas sérias e qualificadas: ‘Qual figura histórica, nos dois mil anos passados, personificou mais plenamente a vida e o ensinamento de Jesus Cristo?’, a resposta mais frequente certamente seria Francisco de Assis” (J. Pelikan).