Toda geração acredita estar vivendo uma grande mudança, e a nossa não é diferente. Assim como acreditamos que a tecnologia da informação e a digitalização provavelmente transformarão nossas vidas, as gerações anteriores acreditavam que o avião, a eletricidade ou a máquina a vapor fariam o mesmo por elas: e estavam certas. Mas seja o que for que tenha acontecido antes, estamos num momento em que tudo parece ser questionado. Tudo está em transformação. E é esta mudança que os debates e ensaios reunidos em NO LIMITE DA RACIONALIDADE avaliam. Há um salto qualitativo visível na escala e na natureza dos riscos e oportunidades. É possível, por exemplo, manipular fundamentalmente a composição genética dos alimentos e depois ver esta mudança refletir-se, em poucos anos, no padrão da produção e do comércio alimentar do mundo. O mais distante agricultor asiático, por exemplo, tem tanta probabilidade quanto o consumidor europeu de ser afetado pela plantação de trigo transgênico no meio-oeste norte-americano. Corporações gigantescas com faturamento que apequena o PIB de quase todos os países do mundo podem utilizar em termos globais a tecnologia mais recente, seja na telefonia celular ou na biotecnologia. NO LIMITE DA RACIONALIDADE traz doze artigos traçando os contornos do capitalismo contemporâneo e suas repercussões tecnológicas, financeiras, sociais, ambientais e psicológicas. Entre os colaboradores estão nomes que se distinguem radicalmente daqueles que ocupam a cena intelectual contemporânea. Manuel Castells investiga os vínculos entre tecnologia da informação e capitalismo global. Richard Sennett avalia processos de identidade no ambiente de trabalho contemporâneo. O ex-presidente do Federal Reserve, Paul Volcker, comenta o impacto da mundialização nos mercados financeiros explicando como a crise asiática teve suas causas mais identificadas com a estrutura do sistema financeiro global do que nas debilidades das economias locais. O financista e megainvestidor George Soros oferece uma reflexão sobre a força desestabilizadora dos mercados financeiros mundiais. Os artigos percorrem questões estratégicas como as ameaças da biotecnologia usada em alimentos geneticamente modificados, assinado pela ecologista Vandana Shiva, com denúncias sobre os estragos no meio ambiente do Terceiro Mundo. Em As cadeias de assistência global e a mais-valia emocional, Arlie Russel Hochschild mostra como a maternidade é afetada pela globalização. Ela explora vínculos entre Primeiro e Terceiro Mundo por meio do trabalho de mulheres pobres criando os filhos das famílias ricas nos países desenvolvidos. O ensaio da colunista do jornal The Guardian, Polly Toynbee critica o “pânico cultural” diante do poder dos meios de comunicação. Jeff Faux, Larry Mishel e Robert Kuttner mostram como a globalização tem acirrado a desigualdade de renda e a insegurança no trabalho nos Estados Unidos. As teorias de NO LIMITE DA RACIONALIDADE vão das mais pessimistas às mais otimistas, mas todas concordam que o sistema global precisa de maior governança caso não se queira que os indivíduos e as necessidades sociais e culturais básicas sejam reduzidos e engolidos pelas novas tendências. Will Hutton, ex-editor-chefe do The Observer e ex-diretor do The Guardian, é presidente da The Work Foundation. Publicou The State We’re In, The State to Come, The Stakeholding Society e A Declaration of Independence: Why America Should Join The World. Anthony Giddens é Diretor da London School of Economics e professor da Universidade de Cambridge. Sociólogo, é autor ou editor de mais de 30 livros, publicados em 22 idiomas, entre eles A terceira via, A terceira via e seus críticos, Mundo em descontrole e Beyond Left and Right. “Uma exploração iluminadora das paisagens mutantes do capitalismo.” Nature “Uma análise mordaz do capitalismo global.” Forecast “Inovador.” Talk
Código: |
7803 |
EAN: |
9788501060181 |
Peso (kg): |
0,514 |
Altura (cm): |
23,00 |
Largura (cm): |
16,00 |
Espessura (cm): |
1,90 |
Especificação |
Autor |
A. Will; Giddens Hutton |
Editora |
RECORD |
Ano Edição |
2004 |
Número Edição |
1 |