A “viuvez” como um substantivo traduz-se por uma identidade individual sendo sua construção uma das mais longevas ao pensarmos o processo civilizatório da humanidade. Assumiu práticas distintas quanto as relações de gênero ao diferenciar os comportamentos femininos e masculinos diante da morte e do luto. Trata-se ,portanto de um “conceito” que interiorizado pelas pessoas e comunidades reforça determinadas atitudes e comportamentos que se auto referenciam pelos ritos de passagem e a convivência social. Ser viúva/viúvo na longa duração histórica apresenta variações no tempo e espaço, porém permaneceu com práticas e regras de bem vestir, de bem agir, de bem falar. De leis consuetudinárias aos discursos jurídicos com o advento do Estado Burguês, a viuvez manteve-se rodeada de um moralismo cultuado e com forte poder simbólico sobre as pessoas, principalmente das mulheres. Como abstração nos códigos legais, a viuvez é definida em seus usos, porém tratando de assujeitadas. A modernidade de cunho universalista, invisibilizou as situações de viuvez diante de contingências , apesar de convivermos nos dias de hoje com as facilidades da comunicação midiática e global. Discussões e debates políticos não avançam para uma maior concretude da vida das mulheres e homens em situação de viuvez. Representações de uma tradição permanece como algo dado, residual, cristalizado pela cultura ocidental e cristã.
Código: |
29657 |
EAN: |
9788544429242 |
Peso (kg): |
0,260 |
Altura (cm): |
21,00 |
Largura (cm): |
14,00 |
Espessura (cm): |
0,90 |
Especificação |
Autor |
Lídia M. V Possas |
Editora |
EDITORA CRV |
Número Edição |
1 |