Um persistente equívoco pode levar o leitor de Borges a dar mais valor a seus contos e ensaios do que a seus poemas. Porém, no princípio, no meio e no fim de sua carreira, ele foi sobretudo poeta e assim se julgava. Durante os anos 1920, publicou três livros de versos cuja importância histórica e estética vai muito além da vanguarda ultraísta de que zombaria mais tarde.
A partir dos anos 1960, volta maduro à poesia, e escreve grandes poemas em que o pensamento se casa à emoção num sereno discurso rítmico, cuja complexidade se mantém com clareza, precisão e elegância clássicas. Nos sete últimos livros de poesia, escritos de 1969 até 1985, reunidos neste volume, uma sutil música de câmara confidencia os sentimentos mais íntimos na forma contida, límpida e exata das surpresas tranquilas.
O elogio da sombra que se parece à cegueira, o fascínio de ouro dos tigres, a luz inacessível da rosa profunda, a moeda de ferro feito um espelho mágico do eu e do mundo, o caos que é a cifra de uma secreta ordem, tudo são poemas conjurados como verdadeiros dons da escuridão, dos sonhos, das alvoradas. O poeta que sempre amou a filosofia e os labirintos da reflexão repassa o vivido e se prepara, com lucidez e calma, para a morte.
Código: |
113205 |
EAN: |
9788535913729 |
Peso (kg): |
0,781 |
Altura (cm): |
21,00 |
Largura (cm): |
14,00 |
Espessura (cm): |
3,60 |
Especificação |
Autor |
Jorge Luis Borges |
Editora |
COMPANHIA DAS LETRAS |
Ano Edição |
2009 |
Número Edição |
1 |