Na obra Giz de Aprendiz, fazendo do impossível um quase possível, Alvaro apresenta versos métricos que se completam ou se contradizem ao longo de suas sílabas poéticas. É denominada métrica a medida do verso de uma poesia. Aqui, trata-se de uma brincadeira proposital oriunda da genialidade do autor que gosta de deixar a imaginação do leitor em dúvida. São clássicos os versos “nas entrelinhas destas linhas só há estrelinhas” e “pode ver a métrica para moldar estes versos só com serra elétrica”, nos quais ele abusa de uma métrica tecida em tom prosaico e lúdico. O autor não busca ser sempre lógico e previsível, pois é justamente o imprevisível que o fascina e molda seus versos. Ele quer mostrar, nas conclusões dos seus poemas, finalizações ilógicas e divertidas, porém sempre reflexivas: “não cresceu com fermento para o pão ficar grande usei lentes de aumento”. Quem diria que ele concluiria este verso rimando a palavra ‘fermento’ com ‘lentes de aumento’? É nisso que reside a métrica insubordinada de Alvaro Posselt. À medida que a leitura avança, chega um momento em que a obra chama sua audiência para se tornar um poeta também, pois ela desperta a criatividade do leitor e o poeta leva o leitor a se tornar um novo artista. Diante da primazia da realidade dos versos em tela, leia-os sem julgar, não espere que o autor cumpra a sua coerência, e muito menos a sua lógica. Apenas leia. Pense depois. Durante a leitura, pare seu mundo, divirta-se, desamanheça!
Código: |
94437 |
EAN: |
9788565017268 |
Peso (kg): |
0,243 |
Altura (cm): |
20,00 |
Largura (cm): |
14,50 |
Espessura (cm): |
1,00 |
Especificação |
Autor |
Alvaro Posselt |
Editora |
BONIJURIS |
Número Edição |
1 |