• Siringe

O termo “siringe”, que dá título ao livro, faz referência ao órgão vocal das aves. Assim, a poesia de Pollyana se apresenta, como um canto necessário. Sem exageros, seus poemas conhecem os caminhos da concisão e do jogo sonoro com as palavras; manejam o cotidiano e a língua com lirismo melopeico.
O livro se divide em quatro partes, todas com nomes de pássaros. A primeira, “Assum preto”, ave de cor preta que canta à noite, já de início traz a tônica do livro: a marca da diáspora, da resistência e da ancestralidade negra em uma sociedade construída com o suor e o canto de seus pássaros torturados e invisibilizados.
O canto de resistência e liberdade prossegue nas demais partes: a segunda, “Papa capim”, ave de canto melodioso; a terceira, “Sabiá laranjeira”, ave insone que canta de madrugada; e a quarta, “Soldadinho do Araripe”, ave canora ameaçada de extinção. Fica evidente: para as aves e para a autora, cantar é questão de sobrevivência.
Dupla alegria me toma ao ver Siringe vir à público: ter integrado o júri que atribuiu o prêmio à autora e ter o privilégio de assinar esta apresentação que diz pouco, mas sabe que Pollyana Souza chega para cantar â como se diz â em alto e bom som: “Poder e voz para as mulheres negras!”.

Código: 125682
EAN: 9786588091364
Peso (kg): 0,210
Altura (cm): 21,00
Largura (cm): 14,00
Espessura (cm): 1,00
Especificação
Autor Pollyana Sousa
Editora EDITORA REFORMATÓRIO
Ano Edição 2021
Número Edição 1

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Siringe

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