Paulo Neves se propôs um jogo neste livro: escrever quarenta poemas curtos, nem mais nem menos, com um número par de versos, nunca mais do que doze. A tarefa é conduzida com um rigor límpido, leve e implacável. A "infantilidade concreta e onipotente" da poesia parece brotar de "um toque preciso e completamente não premeditado".
O fundo reflexivo dessa poesia de aparente simplicidade revela-se nos "Cadernos de prosa & poesia" e nas "Crônicas breves" - que seguem os "40 poemas" -, extensão inerente e revelação da própria poesia sob outros ângulos.
Nas palavras de José Miguel Wisnik, que assina o texto da orelha deste livro, "considerações agudas sobre fatos triviais, relatos de sonhos que vão ao coração do seu núcleo impossível, reflexões pessoais originalíssimas sobre temas os mais gerais e os mais particulares sucedem-se no ritmo de um diário de vida, em que o grande e pequeno personagem é o tempo".
"Paulo Neves habita esse arco que, na obra de Fernando Pessoa, se desenha entre Alberto Caeiro e Bernardo Soares, entre a mais pura nomeação das coisas e o diário errático de um desassossego. Arco em que se tocam, numa só corda, poesia e prosa." - José Miguel Wisnik
O que peço à poesia:
não que ela me baste
mas que me dê
a medida do possível,
a certeza do que basta.
Código: |
113546 |
EAN: |
9788535908176 |
Peso (kg): |
0,192 |
Altura (cm): |
21,00 |
Largura (cm): |
14,00 |
Espessura (cm): |
1,00 |
Especificação |
Autor |
Paulo Neves da Silva |
Editora |
COMPANHIA DAS LETRAS |
Ano Edição |
2006 |
Número Edição |
1 |