No contexto brasileiro e português, respectivamente em Belo Horizonte e Lisboa, a política de direitos humanos voltada para a defesa da cidadania e afirmação da identidade de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT) tem sido implementada por uma lógica de tensões e diálogos entre a universalidade dos direitos humanos e a particularidade das lutas por direitos sexuais. Frente a esses paradoxos para o exercício da cidadania na sociedade contemporânea, quais seriam os desafios para a promoção dos direitos humanos como instrumento para dialogar com as diferenças? A articulação da política universal dos direitos humanos com as políticas específicas dos grupos sociais contribui para o enfrentamento das formas de violência a esses segmentos, tais como as violações à dignidade humana? A partir destas questões, este livro descreve e analisa como as tensões e diálogos entre a universalidade dos direitos humanos, proposta pelo poder público, e a particularidade das lutas por direitos LGBT, proposta pelo movimento social, se materializam na construção da política de cidadania e identidade LGBT, nas cidades de Belo Horizonte e Lisboa.