O objetivo da presente obra é esboçar uma teoria externalista da investigação científica que leve em consideração sobretudo os aspectos contextuais e institucionais do conhecimento humano, sem perder o foco das questões tradicionais que nortearam os filósofos da ciência ao longo do século XX.

As discussões do autor levam em conta o que há de estabelecido na filosofia da ciência, sem renunciar a tentativa de compreensão numa perspectiva inovadora e crítica em relação à tradição epistemológica.

Em sintonia com a tradição dominante, as reflexões do autor incorporam também os resultados da pesquisa no domínio da filosofia da mente e da filosofia da linguagem, tomadas como base necessária para uma boa filosofia da ciência. Mas, em contraste com a epistemologia tradicional, o autor sustenta que as questões de linguagem podem ser mais bem compreendidas quando esta é considerada, do ponto de vista pragmático, um instrumento a serviço do desenvolvimento cognitivo.