Nesta obra é recolocado o problema da ineficácia da Medicina em resolver, por si própria, os problemas de saúde da população. Os custos crescentes da atenção à saúde, a expansão do consumo de ações de saúde e de medicamentos e crescente institucionalização da Medicina não têm provocado modificações substantivas no nível de saúde das populações e na duração da vida. A Medicina, no centro destas preocupações, despe-se de seu manto de neutralidade. A cientificidade das Ciências Biológicas, ao não dar conta das contradições da prática médica, abre espaço para as análises econômicas, políticas e ideológicas, reveladoras das relações da Medicina com outras práticas sociais. Os autores buscam explicar estas relações estudando o lugar ocupado pela Medicina como instrumento de controle social, em uma historicidade singular – o caso brasileiro. Como Controle social, a medicina garante a reprodução da estrutura social; assegura a perpetuação das condições de vida e as relações sociais, as formas de exploração e dominação determinantes de problemas sociais. Estes problemas são retraduzidos como desvios da normatividade social e instituídos como doenças A análise dos serviços de saúde no Brasil representa uma nova contribuição e desafio estimulante. Ao acentuar a dimensão controladora e reprodutora da Medicina, os autores nos interrogam sobre o lugar da Medicina nas estratégias de transformação de uma conjuntura em crise. Em outros termos, nos compelem a pensar como a questão da Democracia perpassa o debate pela igualdade ao acesso dos serviços de saúde sem que se reproduza ao infinito a função normatizadora da Medicina.
Código: |
49625 |
EAN: |
9782710103547 |
Peso (kg): |
0,100 |
Altura (cm): |
14,00 |
Largura (cm): |
21,00 |
Espessura (cm): |
1,00 |
Especificação |
Autor |
Paul Singer |
Editora |
FORENSE UNIVERSITÁRIA |
Ano Edição |
1981 |
Número Edição |
1 |