Após a reforma psiquiátrica um dos maiores desafios que ainda permanece é o cuidado em liberdade, romper com a lógica e os ideais repressores que visam segregar o usuário em suas complexidades. O uso problemático de substâncias psicoativas reivindica ações intersetoriais para amenizar e reduzir os danos que o consumo abusivo apresenta. Somente através do trabalho interdisciplinar essas brechas podem ser amenizadas. A reflexão sobre a relação entre gestores, profissionais e usuários é uma tarefa necessária e importante para que se consiga avançar em novas formas de construção e dispositivos de cuidado que efetivamente possibilitem acolher os modos de viver, sentir e estar na vida dos usuários. Tendo como maior propósito a integralidade do cuidado. Com efeito, os sintomas sociais tendem a não se cristalizar, deste modo novas estratégias de intervenção devem ser pensadas para dar conta das singularidades dos sujeitos. Este livro convoca a todos que de alguma forma se defrontam com esses entraves em sua práxis, problematizando algumas questões inquietantes.