As autoras dessa obra constroem um espaço para tensionar a inserção da fisioterapia na Atenção Básica (AB) enquanto um processo recente e que requer maior envolvimento da categoria na consolidação de seu papel junto ao SUS, bem como destacam os diferentes dispositivos implementados pelos Ministérios da Saúde e da Educação. A inserção na atenção básica requer dos fisioterapeutas a incorporação de referenciais da epidemiologia e das ciências sociais na formação profissional, fortalecendo sua capacidade de atuar como promotor da saúde, para além das atividades de reabilitação e tratamento. Para esse debate, as autoras relatam resultados de estudos, envolvendo fisioterapeutas, profissionais da equipe e usuários, sobre sua compreensão a respeito da Estratégia Saúde da Família (ESF), bem como sobre a atuação desses profissionais na Estratégia. As autoras destacam como fundamental a reformulação dos Projetos Pedagógicos dos Cursos de Graduação em Fisioterapia, visando a formação de profissionais mais preparados para atuar de acordo com os princípios e diretrizes do SUS. Apontam que a inserção do Fisioterapeuta na ESF se deu por meio do Núcleo de Apoio à Saúde da Família. Central nesse debate são as potencialidades e os desafios que essa inserção trouxe para a categoria, em especial no que se refere a formação e a produção de conhecimentos que possam apoiar processos inovadores em sua atuação nesse campo de práticas. A Fisioterapia, como uma das profissões da saúde e que hoje atua na AB, necessita criar estratégias para garantir práticas nesse contexto, institucionalizando-as como ações permanentes e ao longo de todo o processo de formação.