Crítico literário consagrado por seus estudos sobre Machado de Assis, Roberto Schwarz retoma em Seqüências brasileiras a verve ensaística de livros como O pai de família (Paz e Terra) e Que horas são? (Companhia das Letras). Escrevendo a partir da experiência dos anos 90, o autor se esforça por refletir sobre o sentido e o destino de obras e idéias caras a certa tradição moderna. Assim, Schwarz estuda as contribuições de Antonio Candido aos estudos literários no Brasil, sem perder de vista o atual estilhaçamento das humanidades; examina um livro de Alfredo Bosi à luz do colapso do desenvolvimento e das estratégias tradicionais da esquerda; e relê a Santa Joana de Brecht com admiração, mas também com a desconfiança de quem sabe o que foi o stalinismo e o que é o império da mídia. Complemento desse esforço de reavaliação é a procura, na produção contemporânea, de sinais de independência mental e reflexão crítica - daí o interesse de seus textos breves sobre a poesia de Francisco Alvim, os romances de Chico Buarque e Paulo Lins, ou as memórias de Jean-Claude Bernardet. Por trás de todos os estudos, uma questão de ordem geral pouco explorada na crítica literária corrente: como se articulam hoje a dimensão estética e esclarecedora da obra de arte e a feição sui generis das ideologias no capitalismo mundializado. Um livro meditado e pertinente, incisivo e avesso ao conformismo reinante.Títulos de alguns ensaios: "Formação literária e conformação nacional", "Adequação nacional e originalidade da crítica de Antonio Candido", "Discutindo com Alfredo Bosi", "Um seminário de Marx", "Contribuição de John Gledson", "Altos e baixos da atualidade de Brecht", "Cidade de Deus", "Nunca fomos tão engajados", "Um romance de Chico Buarque", "O livro audacioso de Robert Kurz".
Código: |
113810 |
EAN: |
9788571649187 |
Peso (kg): |
0,315 |
Altura (cm): |
21,00 |
Largura (cm): |
14,00 |
Espessura (cm): |
1,30 |
Especificação |
Autor |
Roberto Schwarz |
Editora |
COMPANHIA DAS LETRAS |
Ano Edição |
1999 |
Número Edição |
1 |