A atividade turística, apesar de ter investimentos de toda ordem pública, como recursos federais e estaduais, além dos privados, é essencialmente uma responsabilidade municipal. Não só em seus aspetos regulatórios, como nas políticas de indução do crescimento, ocupação do espaço, medidas para o meio ambiente e incentivos tributários. Esta percepção do engajamento da população na vertente dos benefícios que este setor traz para as Cidades, é fator primordial para políticas das Prefeituras, que querem ser bem-sucedidas em conciliar interesses, gerar empregos e fazer crescer as economias locais.  Nestes aspectos a contribuição da obra do Professor Eduardo Mielke, com sólida formação acadêmica e experiência empírica no segmento, traz luz e dados importantes para a compreensão deste quadro de sutis relações, entre os munícipes, o empresariado e o poder constituído dos Municípios. A discussão democrática e participativa de todos, agrega valor nas decisões, referenda posturas legais e tornam transparentes, caminhos que são propostos, as vezes controversos, pois é bastante complexo conciliar, principalmente sustentabilidade e preservação dos recursos naturais, com o uso racional da capacidade de receber turistas, para o deleite dos atrativos. Temos experiências bem-sucedidas no Brasil a respeito, devemos nos debruçar sobre elas, adaptá-las a realidade de cada região ou criar novas como acho que é possível a partir das propostas do Professor Eduardo Mielke.  Nós que acreditamos que um dos caminhos neste campo são as parcerias público privadas, inclusive em áreas de preservação, saudamos este livro, cujo foco é o Sistema Municipal de Turismo (SIMTUR), como uma bússola, em que nossos dirigentes políticos e também os brasileiros, habitantes de qualquer localidade neste país, com potencial para esta atividade, possam se guiar para a melhor compreensão do todo, mas principalmente dos benefícios advindos de decisões embasadas.