Neste texto que aqui apresento, esclareço que a denominação Cachorros de Deus é alusiva a pessoas. Gente mesmo. Não utilizo esta expressão para me referir a estes animais conhecidos como cães, que andam sobre quatro patas e manifestam suas emoções com os movimentos e os abanos da cauda ou com a emissão de latidos que expressam suas vontades e que também constituem ameaçadores avisos que os limites de um determinado território foram invadidos ou ultrapassados. Os cachorros, estes animais, se caracterizam pela lealdade com as pessoas que lhes dão abrigo e comida. São amigos e companheiros, além de servirem como guardiões dos locais onde habitam. Manifestam seu amor durante a chegada ou a partida de seus donos e o fazem em pequenos gestos facilmente perceptíveis. São capazes de aguentar o mau humor de seus donos com atitudes festivas e pulinhos alegres. Agradecem de maneira peculiar por tudo que lhes é dado, mesmo que seja pouco ou quase nada. São capazes de guiar os cegos, cuidar de bebês, farejar e desvendar crimes. São capazes de proteger e amar até o último dia de suas vidas, sem fazer qualquer tipo de objeção ou julgamento. Incapaz de emitir uma só palavra, os cachorros expressam no semblante e no olhar um discurso que não é preciso ser sábio para entender. As atitudes afetuosas ou românticas destes animais são facilmente perceptíveis até pelos humanoides mais mesquinhos. Insisto que os Cachorros de Deus aos quais aqui me refiro no título são pessoas, gente mesmo. São humanos especiais, admiráveis, feitos para servir e que nada pedem em troca. Nada!